Destaque de Janeiro: falemos sobre o tomate! | Hortaria

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Destaque de Janeiro: falemos sobre o tomate!

03-01-2023 Por Hortaria
Já pensou em semear tomate?

A diversidade de variedades de tomate é tal que podemos escolher a forma, a cor, o tamanho do fruto, o sabor e até se queremos semear em vaso ou em terreno aberto. Como estamos a falar de plantas sabemos já que, com tanta diversidade, tendencialmente encontramos também maior exigência no cuidado e acompanhamento necessários. Vamos, em seguida, tentar dar a conhecer um pouco mais sobre esta cultura.


O tomate é o fruto do tomateiro, planta da família das solanáceas e do género Solanum lycopersicum L. (anteriormente designado Lycopersicon esculentum Mill). Originária da América Central e do Sul, só no século XVI se verificou a disseminação da cultura do tomate pelos diferentes continentes, desde a Ásia à Europa, inicialmente com um carácter ornamental, até que, hoje em dia, é um elemento essencial em diferentes gastronomias.
Há evidências arqueológicas que mostram que o tomate verde (tomatillo), uma espécie que produz um ácido verde e que ainda é consumido no México, foi utilizado como alimento desde tempos pré -hispânicos. Isto sugere que o tomate também foi cultivado e utilizado pelos povos indígenas meso-americanos antes da chegada dos espanhóis. Após a colonização espanhola da América, os espanhóis distribuíram o tomate pelas suas colónias no Caribe. Também o introduziram nas Filipinas, de onde se espalhou para o sudeste da Ásia e, em seguida, para todo o continente asiático. Os espanhóis também trouxeram o tomate para a Europa. Cresceu facilmente no clima mediterrânico, e o seu cultivo começou na década de 1540. Provavelmente passou a ser consumido logo depois que foi introduzido, e começou a ser usado como alimento no início do século XVII na Espanha.





O mais antigo livro com receitas de tomate foi publicado em Nápoles em 1692, embora o autor tenha aparentemente obtido estas receitas a partir de fontes espanholas. Só a partir do século XIX é que o tomate passou a ser consumido e cultivado em maior escala, inicialmente na Itália, depois em França e em Espanha, ganhando popularidade e tornando-se um dos principais ingredientes da cozinha mediterrânica. Alla bolognesa, à espanhola, à mexicana, à marselhesa, alla napolitana, alla parmigiana, à la orientale, à la niçoise, à portuguesa e à la provençale são apenas algumas das infinitas receitas que adotaram o fruto como ingrediente, lista essa que não para de se renovar.



Dito isto, debrucemo-nos um pouco sobre o tomateiro, enquanto planta e cultura, e sobre o fruto. Apesar de todas as plantas de tomateiro terem um comportamento arbustivo, há uma distinção base que, à partida, as torna mais ou menos aptas para cada intenção de cultivo: o tipo de hábito da planta. Por hábito entenda-se, de forma simplificada, a tendência de desenvolvimento/crescimento da planta durante o seu ciclo vegetativo. Podem identificar-se os seguintes:

  • Indeterminado: plantas que podem atingir 20m de altura e cuja raiz principal pode chegar a 1,5m de profundidade; o tomate que produzem é normalmente destinado ao consumo em fresco, ou seja, é o tomate que encontramos à venda e utilizamos nas nossas refeições, cru ou cozinhado;

  • Determinado: plantas que têm pouco desenvolvimento em altura e radicular (até 20cm de profundidade), às vezes apelidadas de “anãs”; Pela facilidade de mecanização deste tipo de plantas em grandes extensões de cultivo, os frutos são habitualmente utilizados pela indústria para todo o tipo de transformação (polpa, ketchup, tomate pelado, tomate desidratado, entre outros).


E por esta semana é tudo! Na próxima semana falaremos dos benefícios do tomate.
Votos de boas sementeiras e de boas colheitas!
A Equipa da Hortaria



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